Testemunho duma cliente excelente no Planeamento das Refeições
Olá Dr.ª Madalena,
Tal como prometido na consulta de seguimento do plano alimentar, cá estou eu a partilhar a minha experiência de planeamento das refeições.
Esta ideia começou quando ainda em casa dos nossos pais, eu e o meu namorado, queríamos fazer o jantar e a tão afamada pergunta surgia
“o que é que queres jantar?”, as mais famosas e irritantes respostas apareciam “qualquer coisa” , “não me apetece nada de especial”,”não sei, escolhe tu”, para quem vai cozinhar estas são as piores respostas, ou não?
O tempo que demorávamos desde perguntar até pegar na faca e começar a preparar o jantar era imenso, perder mais tempo a pensar no jantar do que propriamente a fazê-lo, não é o objectivo!
Assim, decidimos que quando fosse em nossa casa tínhamos que planear as nossas refeições, o que se tornou crucial na nossa vida a dois por causa dos nossos horários (uma trabalhadora - estudante e um trabalhador por turnos). Apesar de haver dois “cozinheiros” em casa, o homem da casa é o cozinheiro principal e, como já achávamos chato pensar os dois juntos o que apetecia para o jantar, nem queríamos saber como seria uma pessoa sozinha ter que decidir isso todos os dias!!
Então, logo na primeira semana de vida a dois, começámos a planear as nossas refeições e como levamos a marmita para o trabalho o almoço é igual ao jantar do dia anterior, assim só temos que planear cinco refeições (obrigatoriamente), no fim-de-semana já nos deixamos ir ao sabor do vento, à excepção do jantar de Domingo porque é também o almoço de segunda-feira.
Sem nos darmos conta os pratos que eram recorrentes e quase “expresso” a fazer, como bife com arroz, massa com carne, foram-se tornando menos frequentes, não porque deixámos de gostar, mas porque introduzimos outros pratos que gostamos (alguns novos) e que só são fazíveis num tempo aceitável para um dia de trabalho, porque já sabemos de antemão o que vamos fazer (não precisamos de pensar) e temos todos os ingredientes em casa.
As idas ao take away que já eram pouco frequentes, diminuíram ainda mais.
E com a minha ida ao consultório da Dr.ª Madalena o nosso menu semanal tornou-se mais saudável, com mais legumes, frutas e pratos vegetarianos que até então não constavam da nossa ementa.
Acoplada à ementa semanal, está a lista de compras, fundamental para poupar tempo e dinheiro nas idas semanais ao supermercado,
pois, só compramos os ingredientes necessários às receitas que se vão fazer naquela semana, o que é fundamental no que toca aos perecíveis.
As reacções dos outros ao facto de planearmos as refeições era um misto de: “só vai resultar no 1º mês”; “ já tentei fazer, mas
no dia não apetecia comer o que estava planeado e desisti”; “vocês cumprem mesmo isto ou é só para enfeitar o frigorífico?”; “isso para mim não serve, não gosto de planear a minha vida”, “há que engraçado, mas para mim não”, “gostava de ser assim, organizada”; “na maioria das semanas consigo planear as refeições”.
As reacções positivas foram menores do que as negativas e indiferentes, mas não há nada como TENTAR e perceber por nós próprios o que se
encaixa no nosso estilo de vida. A falta de tempo não é desculpa, porque planear poupa tempo, agora só perdemos no máximo 30 minutos a planear um mínimo de cinco refeições e não 30 minutos para cada refeição como dantes acontecia. E isto já funciona há seis meses... :)
Por isso, aconselho a quem quer comer melhor (saudável e variado), com gosto e a poupar tempo e dinheiro que planeie as suas refeições.
E se faltarem ideias para cozinhar há sites, blogs, livros e revistas com receitas óptimas para experimentarmos.
Bons planeamentos!!
Cristina R.
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Excelente testemunho!
Ainda tenho de pensar como vou descarregar aqui o ficheiro do exemplo anexo que a Cristina me enviou, para poderem ver a ferramenta que ela elaborou para o planeamento das refeições e idas às compras!